Reportagem Deftones - Lisboa
Depois dos concertos no Tivoli e Optimus Alive 2010, os norte-americanos Deftones visitaram o nosso pais pela terceira vez este ano, com uma casa bem composta no Campo Pequeno.
Encarregues de abrir ficaram os lisboetas Laia. Para o concerto dos portugueses estavam já cerca de mil espectadores. A banda aproveitou a oportunidade para apresentar o álbum “Viva Jesus e Mais Alguém”, dando inicio ao concerto com a faixa de abertura “Abater”. No mínimo cativante a forma como este grupo se propõe a unir o peso de uma guitarra distorcida com duas guitarras portuguesas, tocando música progressiva e com muito ambiente. Pelo meio, “Fustigar uma Pedra”, a terminar com “Docente”, num concerto que certamente tornou mais abrangente o grupo de fãs da banda.
Plateia e bancadas começaram a ficar bem mais compostas conforme se ia aproximando a entrada em palco de Chino Moreno e companhia. “Rocket Skates” fez sucesso assim que foi lançada como single, e serviu de pretexto para uma grande noite no Campo Pequeno. Inicio de concerto explosivo, com um público efusivo ao ouvir “Around The Fur”, “My Own Summer (Shove It)”, “Be Quiet And Drive (Far Away)”, “Elite”, “Knife Prty”, “Korea” e “Digital Bath”.
Tantos clássicos juntos e de seguida só poderiam ter mesmo resultado numa reacção em massa composta por saltos, gritos, mosh e crowd surf, muitas vezes na tentativa de estar mais perto do carismático vocalista californiano.
A fase seguinte do concerto foi mais marcada pela intercalação de canções ligeiras com músicas mais pesadas, começando com alguns dos mais recentes sucessos de “Diamond Eyes”. Surpreendente momento em que Stephen Carpenter troca a sua guitarra por um imponente baixo de cinco cordas para tocar “Xerces” do álbum “Saturday Night Wrist”, fazendo de Chino o único guitarrista em palco. Momentos altos desta recta final foram “Minerva”, “Passenger”, “Change (In The House Of Flies)” e a terminar o alinhamento pré-encore “Back To School (Mini Maggit)”. Após vinte e um temas tocados, os Deftones tinham ainda energia para mais quatro, “Birthmark”, “Root”, “Engine no. 9” e como sempre, a terminar, a fulminante “7 Words”.
Os Deftones deixam mais uma vez boas lembranças em Lisboa, à excepção de Abe Cunningham, por vezes algo desinspirado neste concerto.,o que não mancha um excelente espectáculo da banda de Sacramento.