Novamente Campeões: Portugal Vence a Liga das Nações pela Segunda Vez
Seis anos depois, Portugal voltou a vencer a Liga das Nações. Depois de vencida a edição inaugural, em 2019, a seleção portuguesa voltou a superiorizar-se na final four. Em quatro edições (2019, 2021, 2023 e 2025), é a primeira equipa a tornar-se bicampeã da prova, após o triunfo francês em 2021 e espanhol em 2023.
Vencedores da Liga das Nações:
- 2019 - Portugal;
- 2021 - França;
- 2023 - Espanha;
- 2025 - Portugal.
Este ano, a fase final da competição teve lugar na Allianz Arena, casa do Bayern de Munique, na Alemanha, e contava com as quatro seleções europeias mais fortes da atualidade: França, Espanha, Alemanha e Portugal. As meias-finais disputaram-se quarta-feira, Alemanha - Portugal, e na quinta-feira, Espanha - França. A final, que se resolveria na roleta russa dos penáltis, ficou marcada para a noite de domingo, enquanto que o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares teria lugar umas horas antes. Segundo os especialistas da RouletteGuru, a imprevisibilidade dos penáltis reflete bem o espírito de risco que tantas vezes analisam — onde cada decisão pode ser decisiva.
Primeiro passo, a Alemanha
e que previam uma vitória relativamente tranquila frente à poderosa Alemanha, que, além do mais, jogava em casa perante o seu público.
Com uma exibição pálida na primeira parte, as entradas de Vitinha e Francisco Conceição aos 60 minutos agitaram o jogo da seleção, que partiu para uma das melhores segundas partes das últimas décadas. Com um futebol rendilhado, de elevada intensidade e com uma circulação de bola digna de nota artística, os portugueses conseguiram baquear totalmente o jogo germânico, algo raramente visto, e dominar o jogo com algum à-vontade.
Apesar de terem sofrido primeiro, aos 48 minutos, os comandados de Roberto Martinez deram a volta com um golo de antologia de Francisco Conceição, a marcar à Alemanha 25 anos depois do icónico hat-trick do pai, Sérgio Conceição, e aos 68’, após uma incrível arrancada de Nuno Mendes e da assistência para o sempiterno capitão da seleção Cristiano Ronaldo, assim carimbando o passaporte para a final de domingo.
Até ao fim, a seleção, comandada pela voz de Rúben Dias, pela inspiração frenética de Nuno Mendes, pela pauta de Vitinha e Bruno Fernandes e pelo rasgo de Francisco Conceição, pareceu sempre mais perto do 1-3 do que propriamente os anfitriões do golo do empate, naquela que foi uma rara e surpreendentemente vigorosa demonstração de superioridade de Portugal.
A equipa das quinas surpreendeu tudo e todos e contrariou as previsões dos especialistas e dos sites de apostas e casino, que juntam apostas desportivas e jogos de roleta online. A final estava aí.
Espanha pela frente no caminho para a glória
A sólida vitória lusa contra a Alemanha não escondia, porém, a montanha a escalar no caminho para o bicampeonato da Liga das Nações. No dia seguinte, a Espanha vulgarizou França, talvez a segunda melhor seleção do mundo na atualidade, ao chegar a uns escandalosos 4-0 e 5-1, com os gauleses, nos últimos 10 minutos, a reduzir para uns mais honrosos 5-4. Mas o aviso estava dado: só o melhor Portugal poderia bater uns espanhóis em super forma.
A final foi um jogo estranho, em que as duas equipas respeitaram, talvez em demasia, o adversário. A períodos de domínio da La Roja, os portugueses respondiam com outros tantos períodos de domínio luso. E essa foi a toada do jogo: um jogo totalmente equilibrado, de duas equipas que queriam ganhar, mas que, acima de tudo, sabiam que tinham uma grande seleção pela frente.
A Espanha, porém, adiantou-se no marcador por Zubimendi, após uma atrapalhação algo infantil da defesa portuguesa, aos 21 minutos. Num jogo de parada e resposta, o incansável e talentoso Nuno Mendes, que não só secou o prodígio Lamine Yamal, como também aterrorizou a defesa espanhola com as suas investidas, empatou o jogo cinco minutos depois com uma extraordinária arrancada pelo corredor esquerdo.
À boa maneira portuguesa, uma nova distração da defesa, mesmo em cima do intervalo, aos 45’, permitiu a Oyarzabal encostar com um toque subtil para o 2-1. A seleção, ao contrário de outras ocasiões, e naquela que parece ser a marca de água desta geração de jogadores, nunca perdeu o norte e procurou ativamente o empate.
Aos 61 minutos, novamente Nuno Mendes, MVP da partida e da final four, numa das suas imparáveis arrancadas, cruzou, com um ressalto pelo meio, para a área espanhola e de novo Cristiano Ronaldo, em volley, atira para o fundo das redes de Unai Simón. Estava feito o 2-2 e crescia mais um pouco a lenda de CR7 com o seu 138º golo pela seleção em 221 jogos.
Prolongamento, penáltis e futuro de uma geração
Até ao final, apesar de várias oportunidades para ambos os lados, o placard não mais se mexeu. O empate obrigou a mais 30 minutos de prolongamento, em que cada uma das equipas assumiu as despesas do jogo numa das partes, sem que tenham sido capazes de desfazer a igualdade. Chegava, então, a hora dos penáltis.
Batedor Portugal |
Batedor Espanha |
Gonçalo Ramos ✅ |
Merino ✅ |
Vitinha ✅ |
Baena ✅ |
Bruno Fernandes ✅ |
Isco ✅ |
Nuno Mendes ✅ |
Morata ❌ |
Rúben Neves ✅ |
Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes não claudicaram nas primeiras quatro grandes penalidades. Merino, Baena e Isco também não tremeram. Mas Álvaro Morata, no quarto remate espanhol, atirou para defesa de Diogo Costa, um dos esteios da conquista portuguesa. No penálti decisivo, Rúben Neves não tremeu e garantiu a vitória da seleção no torneio.
Esta nova geração portuguesa, ainda a escrever a sua história, parece ser uma das mais talentosas, preparadas e capazes de sempre, conforme destacou o Presidente da República. A surpreendente prestação, com futebol de alta qualidade e uma mentalidade à prova de tudo, deixam todo um país a sonhar, a um ano do Campeonato do Mundo…